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FERNANDA MANICHI
AUTORA
ANÁLISE DO PROJETO DE
SEPARADORES DE ARRASTE
EXTERNOS À COZEDORES A
VÁCUO EM USINAS
SUCROALCOOLEIRAS
1º Edição
Uberlândia - MG
Copyright © 2019
Fernanda Manichi (aut.) / Larissa Maria Fernandes (Org.)
Todos os direitos reservados.
ANÁLISE DO PROJETO DE SEPARADORES DE ARRASTE EXTERNOS À
COZEDORES A VÁCUO EM USINAS SUCROALCOOLEIRASO
CORPO EDITORIAL
Beatriz Nunes Santos e Silva (Mestra em Educação pela Fucamp)
Bruno Arantes Moreira (Doutor em Engenharia Química pela UFU)
Fernanda Arantes Moreira (Mestra em Educação pela UFU)
Graziela Giusti Pachane (Doutora em Educação pela UNICAMP)
Irley Machado (Doutora pela Université Paris III - Sorbonne Nouvelle)
Juraci Lourenço Teixeira (Mestra em Química pela UFU)
Kenia Maria de Almeida Pereira (Doutora em Literatura pela UNESP)
Lidiane Aparecida Alves (Mestra em Geografia pela UFU)
Luiz Bezerra Neto (Doutor em Educação pela UNICAMP)
Mara Rúbia Alves Marques (Doutora em Educação pela UNIMEP)
Orlando Fernández Aquino (Doutor em Ciências Pedagógicas pela ISPVC - Cuba)
Roberto Valdés Pruentes (Doutor em Educação pela UNIMEP)
Vitor Ribeiro Filho (Doutor em Geografia pela UFRJ)
78p.; il.;
ISBN: 978-85-67803-99-9
CDD 620
RESUMO...........................................................................9
ABSTRAT............................................................................11
1 INTRODUÇÃO................................................................13
2 OBJETIVO.......................................................................17
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................19
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................43
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................53
6 CONCLUSÃO..................................................................61
REFERÊNCIAS.....................................................................65
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à minha mãe Rosane
Aparecida Cegatti do Nascimento Manichi por todo o
suporte, que sempre me incentivou a estudar e a buscar uma
vida melhor e, me apoiou em todos os momentos e decisões
ao longo desses cinco anos.
Agradeço também a Professora Orientadora Doutora
Larissa Maria Gatti Fernandes por ter aceitado, dedicado e
auxiliado na elaboração deste trabalho. Pelo suporte técnico-
científico, por suas correções e por se mostrar não apenas como
uma docente, mas também como amiga. Também agradeço
ao Professor Doutor Marcel Joly, professor responsável pelo
Trabalho de Conclusão de Curso 1 na época, que ajudou muito
na elaboração deste trabalho com suas dicas e conselhos.
A Usina em estudo, por me possibilitar uma visita
para o conhecimento do processo e que eu desenvolvesse meu
Trabalho de Conclusão de Curso baseado em seus dados. Pela
ajuda nas dúvidas que surgiram durante o desenvolvimento
do projeto e pela transmissão de experiência e conhecimento
que acresceram em minha vida acadêmica e profissional.
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná
– Campus Francisco Beltrão, professores, servidores e
comunidade acadêmica pela oportunidade de capacitar-
me, e por permitir-me realizar um curso de graduação com
excelência.
Agradeço de modo geral a todas as pessoas que
contribuíram para minha formação, professores, colegas,
amigos, entre outras pessoas que fizeram e continuarão
fazendo parte da minha vida.
5
RESUMO
MANICHI, Fernanda. Análise do Projeto de
Separadores de Arraste Externos à Cozedores a Vácuo em
Usinas Sucroalcooleiras. 2018. 61 f. Monografia (Trabalho
de Conclusão de Curso) – Curso Superior de Engenharia
Química, Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Campus Francisco Beltrão. Francisco Beltrão, 2018.
Este trabalho consiste em analisar a eficiência e a perda
de carga de um separador de arraste de placa com dados reais
de uma Usina Sucroalcooleira pela metodologia dos autores
Banitabaei, Rahimzadeh e Rafee (2011). Os resultados obtidos
foram 0,9871 para a eficiência e 326,4301 Pa para a perda de
carga. Estes foram ótimos resultados, pois a eficiência foi
bem próxima de 1 e a perda de carga próxima do esperado
pelo fabricante. Estes parâmetros também foram estudados
variando alguns dados geométricos, como o espaçamento,
número de curvatura e o ângulo dessas curvaturas, para
analisar o comportamento destes, ou seja, o que cada um
desses dados influência na eficiência e na perda de carga
do equipamento. Logo, obteve-se que com o aumento do
espaçamento entre as placas, consequentemente houve uma
diminuição da perda de carga e também da eficiência de
remoção das gotículas. Em relação à variação do ângulo de
curvatura, observou-se que com o seu aumento houve uma
melhora na eficiência, porém, aumentou também a perda de
carga. E, para as variações do número de curvaturas obteve-
se que quanto mais curvaturas haver nas placas, melhor será
a eficiência, entretanto, aumentará também a perda de carga.
7
Uma análise econômico-financeira para este estudo também
foi realizada, analisando três decisões de investimento, o Valor
Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e
o período Payback descontado. A partir destes dados, pode-
se concluir que o projeto é economicamente viável e seguro,
pois o tempo de retorno do seu investimento é relativamente
curto, o qual diminui também a probabilidade de riscos para
a Usina nesse período.
9
also performed by analyzing three investment decisions, the
Net Present Value (NPV), the Internal Rate of Return (IRR)
and the discounted Payback period. From these data, it can
be concluded that the project is economically viable and safe,
because the time of return of its investment is relatively short,
which also decreases the probability of risks to the Factory in
that period.
10
1 INTRODUÇÃO
A cana-de-açúcar é uma gramínea oriunda das regiões
temperadas quentes e tropicais da Ásia e que hoje é cultivada
em vários países tropicais e subtropicais (MACHADO, 2014).
Sua produtividade varia de uma área para outra, dependendo
da variedade da cana, fatores climáticos, disponibilidade de
água, práticas de cultivo e da duração do ciclo da cultura,
podendo variar de 50t/ha em condições desfavoráveis e de
200t/ha em condições favoráveis. Dela extrai-se a sacarose,
produto básico para a produção de açúcar e etanol, com um
rendimento variando de 5 a 25t/ha. Com o seu bagaço pode-
se também produzir energia. (REIN, 2013).
A cultura da cana-de-açúcar faz parte da história
do Brasil. Apesar dos ciclos econômicos do pau-brasil, ouro
e café, a cana sempre teve destaque no cenário econômico
brasileiro (BARBOSA et al., 2011). Essa cultura desenvolveu-
se gradativamente modificando o cenário econômico
nacional, o que propiciou elevados lucros com a exportação
realizada dos produtos oriundos da cana, tanto para a
metrópole portuguesa, como também para a economia
brasileira, quando esta deixou de ser colônia (MILANEZ et
al, 2010 apud ARAUJO; SANTOS, [201-]). Após o Império, o
Brasil perdeu posições na produção mundial de açúcar com o
destaque do aumento da produtividade desses cultivares nas
ilhas do Caribe e nas Antilhas, mas após a Segunda Guerra
Mundial, o Brasil volta a direcionar sua produção para a cana-
de- açúcar. A possibilidade do Brasil se inserir no mercado
internacional, fez com que o governo interviesse na situação
11
agrária, redefinindo a produção nacional (ZANZARINI et
al., 2008).
Durante muito tempo no Brasil, a cana era cultivada
com ênfase para a produção de açúcar, porém essa situação
se alterou na segunda metade do Século XX com o preço do
açúcar caindo no mercado internacional e com o interesse
do governo federal em diminuir as importações de petróleo.
Com isso, a produção do etanol passa a ser estimulada e em
1975 foi criado o Pró Etanol, programa fundado para suprir
o país com um combustível alternativo e menos poluente que
os derivados do petróleo (BIODIESEL, 2010). O Pró Etanol
começou a perder força no início da década de 1990, visto
que os preços do petróleo sofriam fortes alterações, tornando
o etanol um combustível pouco rentável e então, em 1995 o
programa foi desativado (MAPA, 2008).
Porém, nos últimos anos a cana-de-açúcar volta a
fazer parte do cenário econômico do país, pois as atenções
para os biocombustíveis voltam, em especial para o etanol de
cana-de-açúcar, sendo necessário aumentar a produção de
cana (BARBOSA et al., 2011).
Os biocombustíveis podem ser líquidos ou gasosos
e são derivados de biomassa renovável, os quais substituem,
parcial ou totalmente, os combustíveis derivados de petróleo
e gás natural (AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS
NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS). Os biocombustíveis
gasosos têm origem nos efluentes agropecuários/industriais
e urbanos, como lamas das estações de tratamento dos
efluentes domésticos e ainda nos aterros, sendo constituídos
por uma mistura de gases, denominada por biogás (PORTAL
ENERGIA, 2019).
Os dois principais biocombustíveis líquidos usados
no Brasil são o etanol obtido a partir de cana-de-açúcar e
o biodiesel obtido a partir de óleos vegetais ou de gorduras
animais. Cerca de 45% da energia e 18% dos combustíveis
12
consumidos no Brasil já são renováveis, sendo o pioneiro
mundial no uso de biocombustíveis, o qual alcançou uma
posição almejada por muitos países que buscam desenvolver
fontes renováveis de energia (AGÊNCIA NACIONAL DO
PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS).
O plantio da cana-de-açúcar ampliou-se para além das
áreas tradicionais, espalhando-se pelos cerrados e também
pelo Centro-Oeste mineiro, com um crescimento de 51%
entre 2006 e 2007 (FAEMG, 2008). O setor sucroalcooleiro
faz do Brasil o único país do mundo a implantar em larga
escala um combustível alternativo ao petróleo, sendo o maior
produtor mundial de açúcar (MAPA, 2009). O Brasil além
de maior produtor de cana é também o maior exportador
de açúcar, e segundo a CONAB (Companhia Nacional de
Abastecimento), em 2017, a produção de cana no país chegou
a 694 milhões de toneladas.
A conjuntura dos preços no mercado mundial do
açúcar estarem baixos e concomitantemente a alta dos custos de
produção, acarreta uma significativa diminuição na margem
operacional no setor sucroenergético. Uma alternativa para
mitigar esta situação é a diminuição das perdas no processo
industrial com aumentos de eficiências e consequentemente,
quantidades maiores dos produtos acabados (açúcar e etanol).
Um ponto de perda no processo industrial é no setor
de cozimento, onde ocorre arraste de açúcares nos cozedores
à vácuo. O arraste refere-se à condução de líquido junto com
a corrente de vapor na saída do vaso, resultando em perda de
açúcar. Uma forma de diminuir este problema é a instalação
de separadores de arraste para separar a fase líquida do fluxo
de vapor, os quais são baseados em interações no balanço entre
as forças de arraste e gravitacional, e podem ser instalados
internamente no topo do vaso, na linha de vapor de um vaso
para o seguinte ou ainda, no condensador (REIN, 2013). Um
sistema que utiliza um separador de arraste interno e também
13
um externo consegue diminuir ainda mais as perdas do
produto (açúcar).
Os separadores de arraste fazem o uso de um ou
mais mecanismos de separação, sendo eles a gravidade, força
centrífuga, mudança de direção, interceptação e coalescência
e impacto inercial. Os dispositivos de uso comum são os
separadores de fluxo reverso, separadores centrífugos,
separadores de malha de arame e os separadores de placa
Chevron (REIN, 2013).
O dispositivo de estudo nesse trabalho foi o separador
de arraste do tipo placa Chevron de fluxo horizontal,
estudando a viabilidade da sua implantação em vasos entre os
cozedores a vácuo e os condensadores e também, analisando
o comportamento da corrente de vapor que sai desses
cozedores e que foi arrastada para os devidos equipamentos,
recuperando a sacarose.
14
2 OBJETIVO
2.1 OBJETIVO GERAL
Estudar a implantação de separadores de arraste
externamente em cozedores a vácuo (na linha de vapor entre
o cozedor e o multijato, como mostra a Figura 1, e analisar
sua viabilidade financeira.
15
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Calcular a eficiência e a perda de carga do
separador de arraste através dos dados fornecidos pela Usina;
• Analisar, por meio de critérios de análises
econômico-financeira (TIR, VPL e Payback), a viabilidade da
implantação de três módulos de separadores de arraste para
cozedores de capacidade de 800 hl (hectolitro).
16
3 FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
3.1 FUNCIONAMENTO DA USINA
SUCROALCOOLEIRA
A Figura 2 mostra o fluxograma do processo de uma
Usina Sucroalcooleira para a produção de açúcar e etanol.
17
Primeiramente, a cana-de-açúcar é colhida, podendo
ser manualmente ou mecanicamente, após atingir seu ponto
de maturação. No corte mecânico, dispensa-se a queima das
palhas antes da colheita, mas ainda há uma pequena parcela
da cana-de-açúcar colhida manualmente. No estado de São
Paulo toda a cana já é colhida mecanicamente sem queima.
Esse processo inclui uma redução de mão-de-obra para a
colheita, altos custos e baixa eficiência da mesma, porém, leva
a maiores perdas no campo e uma diminuição na qualidade
da cana (REIN, 2013).
A cana quando chega na usina passa por um processo
de limpeza nas mesas alimentadoras para eliminação de
matérias estranhas, removendo pontas e folhas de cana,
raízes e brotos, areia ou terra, pedras e rochas (REIN, 2013).
Essa limpeza pode ser realizada a seco (Figura 3) ou lavagem
com água (Figura 4).
18
Figura 4 - Lavagem tradicional da cana com água
19
Na moagem (Figura 5) o caldo contendo a sacarose
é separado do restante da cana (REIN, 2013). A moenda na
Usina em estudo, possui 6 unidades de moagem em série, que
são chamadas de ternos.
20
Figura 6 - Bagaço de cana sendo queimado em
caldeiras
23
Figura 9 - Processo de destilação do vinho para a
produção de etanol.
24
Figura 10 - Tanques de armazenamento de etanol
Fonte: Magetech.
25
Na evaporação o caldo é concentrado até conter uma
concentração em média de 65° brix e esse xarope formado
segue para o cozedor, onde será concentrado até nuclear os
cristais de açúcar, nas proximidades de 78° à 80° brix, que é
ponto de cristalização do caldo de cana (RIBEIRO, 2003).
27
o açúcar B deve ter um tamanho médio de 0.7 milímetros
e deve estar com uma pureza de cerca de 56 a 60 brix. Essa
massa cozida B será centrifugada para separação do açúcar
e seu licor-mãe, formando o mel pobre. O esgotamento
deste cozimento é menor, devido a maior viscosidade da
massa B, esgotando em média de 40 a 50% da sacarose do
mel rico. O açúcar B por ser mais pobre normalmente não é
comercializado, ele é refundido para ser misturado ao xarope
ou para fabricação do açúcar refino granulado (RIBEIRO,
2003).
28
Figura 12 - Esboço do condensador multijato
30
coletadas e devolvidas ao líquido em ebulição (REIN, 2013).
30
Ângulo
𝐼𝐼𝐷𝐷𝐷𝐷 da curvatura
= Largura (rad).de drenagem (mm);
do canal
No equipamento
𝛼𝛼 = Ângulo da curvatura (rad). em estudo não há canais de drenagem
de líquido,
No equipamento pois asnão
em estudo gotículas de sacarose
há canais retornam
de drenagem ao cozedor
de líquido, pois as
Nopela
culas de sacarose gravidade,
equipamento
retornam logo
emaoestudoIdc=0.
nãopela
cozedor há canais de drenagem
gravidade, logo 𝐼𝐼𝐷𝐷𝐷𝐷de
=0.líquido, pois as
O coeficiente total de perda de carga para este
Ogotículas de sacarose
coeficiente total de retornam
perda deaocarga
cozedor pela
para gravidade,
este logo de
separador =0.
𝐼𝐼𝐷𝐷𝐷𝐷 arraste também
separador de de
O coeficiente total arraste
perda também pode
de carga para serseparador
este calculadode earraste
foi proposto
também
e ser calculado
pore foi proposto
Wilkinson por Wilkinson
(1990) pela (1990)
Equação pela Equação
(2). (2).
pode ser calculado e foi proposto por Wilkinson (1990) pela Equação (2).
ipamento drenagens),
e para
equipamento canais
e respectivamente.
diretos
para canais (sem(sem
diretos Esses
drenagens), valores são obtidos
respectivamente.
drenagens), Esses
respectivamente. pelas
Esses valores
valores
são pelas
obtidos Equações
obtidos (3)
(3) ee (4)
pelas Equações
Equações (3) e (4)
(4)
22,3
(0,0649 +
22,3 ) (2𝛼𝛼) , quando 𝑅𝑅𝑅𝑅 < 7760
𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝=(0,0649 + (2𝛼𝛼)
)√𝑅𝑅𝑅𝑅𝑔𝑔 , quando 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑔𝑔 𝑔𝑔< 7760
𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝= √𝑅𝑅𝑅𝑅𝑔𝑔 (3)
0,318(2𝛼𝛼) , quando 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑔𝑔 > 7760 31
(3)
0,318(2𝛼𝛼) , equando 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑔𝑔 > 7760
0,008325e 𝜆𝜆
𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝 = e 2 2𝑆𝑆 cos 𝛼𝛼 2
10,7 (4)
[log10 ( )]
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑔𝑔 0,9
Em que:
Em que: Reg = número de Reynolds para o vapor.
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑔𝑔 = número de Reynolds para o vapor.
Para o cálculo da eficiência de remoção de gotículas,
há vários estudos e trabalhos a respeito na literatura. Para
Para o cálculo da eficiência de remoção de gotículas, há vários estudos e
casos em que há uma mistura de vapor e gotículas, como o
rabalhos a respeito na literatura.
estudado, Calvert Para
et al.casos
(1974)eme Burkholz
que há uma(1989) mistura de vapor e
propuseram
gotículas, como um modelo simples
o estudado, Calvert etpara a eficiência
al. (1974) da (1989)
e Burkholz coletapropuseram
dessas gotas.
um
Neste modelo, a eficiência global (η), demonstrada na
modelo simples para a eficiência da coleta dessas gotas. Neste modelo, a eficiência Equação
(5), é dada
global (𝜂𝜂), demonstrada em termos
na Equação (5), éde ηb,em
dada Equação (6),
termos de 𝜂𝜂𝐵𝐵 ,que é a eficiência
Equação (6), que é
para uma curvatura.
a eficiência para uma curvatura.
36
𝜂𝜂 = 1 − (1 − 𝜂𝜂𝐵𝐵 )𝑛𝑛 (5)
emonstrada
les para
para na Equação
uma acurvatura.
eficiência da (5), é dada
coleta em gotas.
dessas termosNeste
de 𝜂𝜂𝐵𝐵 ,modelo,
Equaçãoa (6), que é
eficiência
para uma curvatura.
emonstrada na Equação (5), é dada em termos de 𝜂𝜂𝐵𝐵 , Equação (6), que é
para uma curvatura.
𝜂𝜂 = 1 − (1 − 𝜂𝜂𝐵𝐵 )𝑛𝑛 (5)
𝜂𝜂 = 1 − (1 − 𝜂𝜂𝐵𝐵 )𝑛𝑛 (5)
𝜂𝜂 = 1 − (1e− 𝜂𝜂𝐵𝐵 )𝑛𝑛 (5)
e
𝜌𝜌𝑑𝑑 𝑉𝑉e𝑔𝑔 𝑑𝑑 2
𝜂𝜂𝐵𝐵 = 𝛼𝛼 (6)
𝜌𝜌
18𝑑𝑑 𝑉𝑉𝜇𝜇 𝑑𝑑𝑆𝑆2
𝑔𝑔 𝑔𝑔
𝜂𝜂𝐵𝐵 = 𝛼𝛼 (6)
18
𝜌𝜌𝑑𝑑 𝑉𝑉𝜇𝜇 𝑑𝑑𝑆𝑆2
𝑔𝑔 𝑔𝑔
𝜂𝜂𝐵𝐵 = 𝛼𝛼 (6)
Em𝜇𝜇𝑔𝑔que:
18 𝑆𝑆
n = número de curvaturas em cada placa;
de curvaturas em cada placa;
Pd = Densidade da gota de sacarose (kg/m³);
de curvaturas
da gota deem cada placa;
ade sacarose Vg = Velocidade do gás na entrada (m/s);
(kg/m³);
de curvaturas
ade da gota deem cada placa;
sacarose d = Diâmetro da gota de sacarose (μm);
(kg/m³);
ade do gás na entrada (m/s);
ade do
ade da gás
gotana
deentrada
sacarose μg = Viscosidade do vapor (kg/m s);
(kg/m³);
(m/s);
o da gota de sacarose (𝜇𝜇m);
S = Espaçamento entre as placas (mm);
ade
o da do gás
gota dena entrada (𝜇𝜇m);
sacarose (m/s);
dade do vapor (kg/m s); α = Ângulo da curvatura (rad).
odade
da gota de sacarose
do vapor (𝜇𝜇m);
(kg/m s);
mento entre as placas (mm);
dade do
mento vapor
entre as (kg/m s);
placas
da curvatura (rad).3.7(mm);
CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DA VIABILIDADE
da curvatura (rad).ECONÔMICA
mento entre as placas (mm);
da curvatura (rad).
A análise da viabilidade econômica por meio dos
critérios VPL (Valor Presente Líquido), TIR (Taxa Interna de
Retorno) e Payback (tempo de retorno) permite identificar o
lucro, se a taxa de retorno do projeto estudado é maior que
a taxa mínima de atratividade (TMA), também conhecida
como custo de oportunidade e quanto tempo é necessário
para que o investimento retorne.
Este estudo de avaliação envolve três etapas: projeção
do fluxo de caixa, cálculo da TMA e aplicação das técnicas de
avaliação. Posteriormente, com os resultados obtidos, analisa-
se os ganhos oferecidos, concluindo se o projeto é viável ou
não.
37
3.7.1 Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa In-
terna De Retorno (TIR)
Todas as empresas realizam análises de viabilidade
econômica em seus projetos de investimentos, aplicando-
se critérios para a tomada de decisões de longo prazo. O
estudo de viabilidade de qualquer negócio é iniciado pela
esfera econômica com várias alternativas de investimentos
e posteriormente, há a identificação do projeto mais viável.
Para as análises terem consistência é preciso que ela seja feita
com base em estimativas coerentes e confiáveis dos elementos
de custos e de receitas (EICK, 2010).
Existe uma infinidade de variáveis que afetam o
desempenho de um negócio, por isso, torna-se importante
levar em consideração as diferenças que cada projeto possui.
Os principais métodos de avaliação de projetos consideram o
período necessário para a recuperação do investimento inicial,
à taxa de retorno decorrente do investimento feito e o lucro
decorrente do capital investido. Os critérios mais utilizados
para uma análise de viabilidade de um projeto são: VPL e TIR
(EICK, 2010). O VPL é utilizado para calcular o valor presente
de uma série de pagamentos futuros descontando uma taxa
de custo de capital estipulada. É uma técnica de análise de
orçamento de capital que considera o valor do dinheiro no
tempo. Ou seja, consiste em trazer para a data zero, usando
como taxa de desconto o custo de oportunidade, que se refere
ao retorno mínimo exigido pelos investidores, denominada
de TMA. O VPL é um critério de referência nas decisões
de investimentos, quanto maior o VPL mais lucrativo será
o projeto. Portanto, esse fato indica que os fluxos futuros
trazidos e somados a valor presente superará os investimentos
(EICK, 2010).
A TIR é uma medida relativa expressa em percentual,
que demonstra como a taxa de desconto que faz com que o VPL
38
de uma oportunidade de investimento se iguale a zero, já que
o valor presente das entradas de caixa é igual ao investimento
inicial. Esse percentual é obtido através do fluxo de caixa
projetado do projeto, não tendo necessidade de arbitrar um
valor para a taxa de desconto. Método muito utilizado pela
facilidade de interpretar o seu resultado: um percentual de
rentabilidade do projeto que está sendo analisado. Quanto
maior a TIR, melhor e mais lucrativo será o projeto, ou seja, se
a TIR de um projeto de investimento for superior ao custo de
capital para financiá-lo, o projeto superará os investimentos
(EICK, 2010).
40
4 PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
Para a identificação das atividades, procedimentos
operacionais e identificação do problema a ser investigado foi
realizada uma visita técnica à Fábrica para o conhecimento do
processo industrial. Depois, foram debatidos os problemas e
as propostas da mesma para que possam ser tomadas medidas
de correção e minimização.
A metodologia para o desenvolvimento do conjunto
de ações para o estudo da viabilidade da implantação
dos separadores de arraste na Usina foi baseada nos itens
apresentados a seguir:
ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO
NÚMERO DE CURVATURAS 1
42
Figura 18 - Volume de controle do separador de arraste
em estudo
43
adquirir o resultado desejado e chegar a uma conclusão bem
embasada.
m que: Em que:
ρ = Densidade do mel final (g/mL);
= Densidade do mel final (g/mL);
T = Temperatura (°C).
= Temperatura (°C).
°C).
𝑄𝑄 (8)
𝑉𝑉 = (8)
𝜌𝜌𝑔𝑔 𝐴𝐴
Em que:
V = Velocidade (m/s);
Q = Vazão de vapor (kg/s);
);
ρg = Densidade do vapor (kg/m3);
(kg/s); A = Área (m2).
vapor (kg/m3); Agora, com todos esses dados, substitui-se esses
na Equação (6), considerando λ (tamanho da curvatura) o
comprimento da própria placa, 214 mm, já que esta tem apenas
uma curvatura. Em relação ao diâmetro da gota, foi dado pelo
catálogo do equipamento (MUNTERS BRASIL) que estes são
de até 25𝛍m e não um valor fixo. Logo, na planilha eletrônica
elaborada, foram inseridos na equação todos os valores de
uma faixa de 10 a 25 𝛍m para escolher o valor que melhor
45
ento (MUNTERS BRASIL) que estes são de até 25 𝛍𝛍m e não um
planilha eletrônica elaborada, foram inseridos na equação todos
aixa de 10 a 25 𝛍𝛍m para escolher o valor que melhor se adaptou
Outros parâmetros como o espaçamento entre as placas e o
se adaptou para esta situação. Outros parâmetros como o
foram considerados de outra
espaçamento entrefonte, por isso
as placas não foi de
e o ângulo garantido
curvatura foram
etro das gotasconsiderados
maiores quede
16outra
𝛍𝛍m. fonte, por isso não foi garantido valores
s parâmetrospara o diâmetro
definidos, das gotas
obtém-se maiores
um valor paraque 16 𝛍m. em
a eficiência
Com todos os parâmetros definidos, obtém-se um
e assim, substitui-se na Equação (5) e encontra-se a eficiência
valor para a eficiência em uma curvatura (ɳ𝑏) e assim,
substitui-se
eta das gotículas de açúcar na(Anexo
EquaçãoA).(5) e encontra-se a eficiência global
(ɳ) para a coleta das gotículas de açúcar (Anexo A).
o cálculo da perda de carga, demostrado pela Equação (1),
Para realizar o cálculo da perda de carga, demostrado
se obter o número de
pela EquaçãoReynolds para o vapor, Equação
(1), primeiramente (9). o número de
deve-se obter
Reynolds para o vapor, Equação (9).
𝜌𝜌𝑔𝑔 𝑉𝑉𝑔𝑔 𝑆𝑆
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑔𝑔 = (9)
𝜇𝜇𝑔𝑔
Em que:
𝜌𝑔= Densidade do vapor (kg/m3);
vapor (kg/m3);
𝑉𝑔= Velocidade inicial do vapor (m/s);
𝑆= Espaçamento entre as placas (m);
cial do vapor (m/s); 𝜇𝑔= Viscosidade do vapor (kg/m s).
46
Figura 19 - Placas de um separador de arraste com
canais de drenagem
47
4.3 ESTUDO DA VIABILIDADE TÉCNI-
CO-ECONÔMICA
Para o estudo da viabilidade técnico-econômica
da instalação dos separadores de arraste, foi fornecido pela
Usina dados do orçamento desses equipamentos, os quais são
mostrados na Tabela 2.
INCLUSOS
MÓDULO+CAIXA+BICO R$ 53.450,00
49
22,56% (Equação 10). A TMA foi calculada com base em um
empréstimo para pessoa jurídica, com um capital de giro com
prazo superior a 365 dias e para encargo pré-fixado, obtendo-
se uma taxa de 15,04% anualmente (BANCO CENTRAL
DO BRASIL) e, considerou-se também um retorno de 50%
exigido sem a taxa de juros.
50
5 RESULTADOS E
DISCUSSÕES
5.1 RESULTADOS OBTIDOS PELA
METODOLOGIA
Foram obtidos os valores das variáveis da Equação (6)
para o cálculo da eficiência da coleta de gotículas de sacarose
para uma curvatura (𝜂𝐵) e, estes são mostrados na Tabela 3.
52
dessas variáveis de processo, o desvio entre o valor obtido e o
valor esperado não foi tão grande, sendo valores relativamente
próximos.
É muito importante o estudo das perdas de carga,
pois pela sua análise consegue-se a minimização dos custos
de projetos e a obtenção de uma maior eficiência para os
sistemas. Para que as operações sejam viáveis, é necessário
que ela apresente a menor perda de carga para uma maior
eficiência possível de retenção de gotículas (CORBINE, 2012)
Algumas análises dos parâmetros que interferem na
eficiência de coleta e na perda de carga do fluxo de vapor, foram
realizadas por meio de gráficos, facilitando a observação
desses comportamentos. O primeiro gráfico construído foi
de Eficiência versus Espaçamento entre as placas, obtendo-se
este na Figura 21.
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08
54
Figura 22 - Relação entre o coeficiente total de perda
46
1,595
1,590
carga
1,585
1,580
1,575
0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07
Espaçamento entre as placas (m)
Fonte: Autoria própria (2018).
Fonte: Autoria própria (2018).
No trabalho de Banitabaei, Rahimzadeh e Rafee (2011) ainda foi observado
No trabalho
esse comportamento dedeBanitabaei,
por meio gráfico e estesRahimzadeh e Rafee (2011)
concluíram que o espaçamento entre
55
47
Figura 23 - Relação entre o ângulo de curvatura e a
eficiência de coleta
Figura 23 - Relação entre o ângulo de curvatura e a eficiência de coleta
Eficiência da coleta de gotículas
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Fonte:Nesta
Autoria própria (2018).
figura pode-se observar que aumentando o ângulo de curvatura aumenta
também a eficiência de coleta das gotículas de açúcar. Segundo os autores da
Nesta
metodologia figura
seguida, pode-se
Banitabaei, observar
Rahimzadeh que pode-se
e Rafee (2011), aumentando
entender queo
ângulo
a eficiênciade
de curvatura
coleta pode seraumenta também oanúmero
melhorada aumentando eficiência deemcoleta
de curvas cada
das
placa,gotículas de aumentará
no entanto, isso açúcar. aSegundo os do
perda de carga autores
fluxo de da metodologia
vapor. Para Narimani
seguida,
e ShahhoseiniBanitabaei, Rahimzadeh
(2010), que investigaram e Rafee
o efeito do ângulo (2011),
de curvatura pode-
na eficiência
se entender
de separador que adeeficiência
de arraste dedecoleta
placa, o ângulo curvaturapode sermaior
leva a uma melhorada
eficiência
aumentando
de separação por o número
causa de curvas
de um aumento emcentrífuga
na força cada placa, noque
das gotas entanto,
passam
56
48
Figura 24 - Relação entre o número de curvaturas e o
coeficiente total de perda de carga
Figura 24 - Relação entre o número de curvaturas e o coeficiente total de perda de carga
6,5
6,0 48
de de perda de
5,5
Figura5,0
24 - Relação entre o número de curvaturas e o coeficiente total de perda de carga
6,5
4,5
carga
de perdatotal
6,0
4,0
5,5
3,5
Coeficiente
5,0
3,0
4,5
2,5
carga
Coeficiente total
4,0
2,0
3,5
1,5
3,0
2,5 Número de curvaturas
Fonte: Autoria
2,0 própria (2018).
Fonte: Autoria
1,5 própria (2018).
Figura 25 - Relação entre a eficiência de coleta e o número de curvaturas
1,003
Número de curvaturas
número de curvaturas
Figura 25 - Relação entre a eficiência de coleta e o número de curvaturas
0,997
1,003
0,994
degotas
0,991
Eficiênciade
0,997
Eficiência de remoção
0,988
0,994
0,985
0,991
0,985
Por meio destes gráficos percebe-se que a eficiência de coleta aumenta com o
número de curvaturas até seNúmero
manter de curvaturas
constante na placa
no seu valor máximo, porém quanto
mais curvaturas
Fonte: a placa
Autoria própria tiver, maior será a perda de carga. Esse comportamento já
(2018).
Fonte:
tinha Autoria
sido previstoprópria (2018).Rahimzadeh e Rafee (2011) quando discutiram que
por Banitabaei,
Por meio destes gráficos percebe-se que a eficiência de coleta aumenta com o
57
número de curvaturas até se manter constante no seu valor máximo, porém quanto
mais curvaturas a placa tiver, maior será a perda de carga. Esse comportamento já
tinha sido previsto por Banitabaei, Rahimzadeh e Rafee (2011) quando discutiram que
Por meio destes gráficos percebe-se que a eficiência
de coleta aumenta com o número de curvaturas até se
manter constante no seu valor máximo, porém quanto
mais curvaturas a placa tiver, maior será a perda de carga.
Esse comportamento já tinha sido previsto por Banitabaei,
Rahimzadeh e Rafee (2011) quando discutiram que
a eficiência de coleta pode ser melhorada ao aumentar
o número de curvas em cada placa, no entanto, isso aumentará
a perda de carga do fluxo de gás. Além disso, os autores
provaram que aumentando o número de curvas, o tamanho
do diâmetro das gotículas filtradas será menor, o que justifica
o aumento da eficiência.
58
e o retorno por safra que o equipamento gera. Na terceira coluna, estão os valores do
retorno descontados a TMA, ou seja, descontados para a data zero e, na última coluna
estão os valores do saldo descontado, que é o débito do projeto com a empresa. Os
valores em vermelho são os fluxos negativos, aqueles que ainda não foram
recuperados.
Tabela 4 - Fluxos de caixa do investimento
Tabela 4 - Fluxos de caixa do investimento
CRITÉRIOS TÉCNICO-ECONÔMICO
VPL R$ 331.354,25
TIR 64%
60
6 CONCLUSÃO
Uma metodologia foi seguida para estudar a eficiência
e a perda de carga de um separador de arraste de placa
com valores reais obtidos de uma Usina Sucroalcooleira.
Foram obtidos ótimos resultados, pois o valor encontrado
para a eficiência foi próximo de 100%, indicando um bom
rendimento, e o valor para a perda de carga foi próximo do
esperado pelo fabricante do equipamento, indicando que as
considerações e os cálculos realizados foram coerentes.
Há vários autores na literatura que estudaram este
equipamento, porém, eles se dedicaram mais em estudos
relacionados ao fluxo do vapor e em simulações para analisar o
comportamento deste vapor entre as placas. Já neste trabalho,
a análise realizada para os parâmetros eficiência e perda de
carga foi baseada nos dados geométricos do equipamento,
além de analisar o comportamento destes parâmetros em
função da variação desses dados geométricos, ou seja, em
função da variação do espaçamento, do número de curvaturas
e do ângulo destas curvaturas nas placas.
O espaçamento das placas foi variado usando
uma faixa de valores e, com isso, percebeu-se que com o
aumento desse espaçamento consequentemente houve uma
diminuição da perda de carga e também da eficiência de
remoção das gotículas. Em relação a variação do ângulo de
curvatura, observou-se que com o seu aumento houve uma
melhora na eficiência, porém, aumentou também a perda de
carga. E, para as variações do número de curvaturas obteve-
se que quanto mais curvaturas houver nas placas, melhor será
61
a eficiência, entretanto, aumentará também a perda de carga.
Uma análise econômico-financeira também foi realizada,
analisando três decisões de investimento. Pelo critério Valor
Presente Líquido (VPL) obteve-se um valor positivo, o qual
indica que o investimento será recuperado ao longo do tempo
e ainda haverá um ganho. Pela Taxa Interna de Retorno (TIR)
obteve-se um valor maior que a Taxa Mínima de Atratividade
(TMA), demonstrando que o projeto irá gerar um retorno
maior que o percentual mínimo. Para o período Payback
descontado foi encontrado um período de duas safras, que é
exatamente o período máximo exigido
pela Usina para o investimento inicial se pagar.
A partir dos dados obtidos por esses três critérios
analisados, pode-se concluir que o projeto é economicamente
viável, sendo também um projeto seguro, pelo fato
do curto período para o retorno do seu investimento,
diminuindo a probabilidade de riscos ao longo do tempo.
62
7 SUGESTÕES PARA
ESTUDOS FUTUROS
Cabe ressaltar que, a partir dos resultados apresentados
e, ainda, diante do que se tem a explorar sobre o tema, há a
possibilidade de futuros estudos mais abrangentes.
Como sugestão para novas pesquisas, cita-se a inclusão
de outros métodos de cálculos para a obtenção da eficiência e
da perda de carga.
Como não se fez um estudo do fluxo do vapor, é
interessante o uso de softwares de simulação de fluidodinâmica,
como o Computational Fluid Dynamics (CFD), para validar
os resultados obtidos, assim como os dados e os cálculos
utilizados neste trabalho. Principalmente para validar o
cálculo da perda de carga, que apesar do desvio deste com
o esperado não ser relativamente grande, fez-se necessário
utilizar um outro valor para a realização deste trabalho.
63
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL
E BIOCOMBUSTÍVEIS. Biocombustíveis. Disponível em: <
http://www.anp.gov.br/biocombustiveis>. Acesso em: 28 de
abril de 2019.
65
pressure drop at different plate spacings and air velocity in a
wave-plate mist eliminator. Asia-Pacific Journal Of Chemical
Engineering, Iran, 2011, 10.1002/apj.611.
67
MINAS GERAIS. Federação da Agricultura. Safra agrícola de
Minas Gerais. 2008. Disponível em: <http://www.faemg.org.
br>. Acesso em: 26 de agosto de 2017.
MUNTERS BRASIL. Eliminador de Gotas de Fluxo Vertical:
catálogo. Curitiba, 2004.
68
Disponível em: <http://www.wrprates.com/engenharia-
economica-payback-valor-presente-liquido-vpl-e-taxa-
interna-de-retorno-tir/>. Acesso em: 28 de abril de 2018.
REIN, Peter. Engenharia do Açúcar de Cana. São Paulo:
Editora Bartens, 2013. REUNION ENGENHARIA. Curso de
Evaporação de Caldo. Disponível em:
<https://pt.scribd.com/doc/42713571/Evaporacao>. Acesso
em: 03 de setembro de 2017.
69
em: 01 de setembro de 2017.
70
58
ANEXO AANEXO
– EFICIÊNCIA
A – EFICIÊNCIA E PERDA
E PERDA DE CARGA
DE CARGA
Velocidade do vapor Área total descontando área das placas Perda de carga (Pa)
por placa(m/s) (mm²)
15 2074930-(0,008*1451*62) = 2002960,4 326,4301
Tamanho da curvatura
(m) A (m²)
0,214 2,0029604
Densidade do vapor
(kg/m³) V (m/s)
0,1612 (18000/(0,1612*2,0029604))/3600 = 15
Ângulo (rad)
0,785398
Espaçamento (m)
0,022
n
1
71
59
ANEXO BANEXO
– EFICIÊNCIA VERSUS ESPAÇAMENTO
B – EFICIÊNCIA VERSUS ESPAÇAMENTO
72
60
73
61
Ângulo (rad)
0,785398
Reynolds
4953,072626
Cpb
0,499513128
Cps
1,85873E-06
74
62
ANEXO E – PERDA DE CARGA VERSUS
ESPAÇAMENTO
ANEXO E – PERDA DE CARGA VERSUS ESPAÇAMENTO
75
63
ANEXO F –ANEXO
EFICIÊNCIA
F – EFICIÊNCIAVERSUS CURVATURAS
VERSUS CURVATURAS
Ângulo (rad)
0,785398
Espaçamento (m)
0,022
64
Custo Benefício
R$300.000,00 R$202.050,00
i a.a 22,56%
TIR 64%
VPL R$ 331.354,25
Pay back
simples 1,48
Pay back
descontado 2,00
76
ISBN: 978-85-67803-99-9
9 788567 803999